Cotas para quê?

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   Realmente é assunto ainda muito novo e delicado a se comentar. A presidente Dilma sanciona a lei que 50% das vagas em universidades federais serão destinadas aos estudantes de escolas públicas e ainda a cota racial será diferente em cada universidade ou instituto da rede federal. Estudantes negros, pardos e índios terão o número de vagas reservadas definido de acordo com a proporção dessas populações apontada no censo do IBGE de 2010 na unidade da federação em que está a instituição de ensino superior. Retirada: http://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/08/dilma-sanciona-cota-de-50-nas-universidades-publicas.html
   Há várias implicações que esta lei irá causar tanto no ensino quanto aos processos que surgiram no caminho. É certo que a medida mais correta a ser tomada seria o investimento na educação básica (tanto com os professores, escolas e grade escolar, ou seja, tudo que envolve a escola) que faltou nestes últimos anos, na verdade desde há muito tempo.
   Os grupos estão divididos em contra as cotas, pois com isso causaria um declínio do ensino e ainda que para cotas raciais, aumentaria o preconceito em um país onde a maioria da população não tem uma raça definida. Não tem como negar que na história do Brasil ainda há uma dívida muito grande com os negros, índios e descendentes, mas não se justifica tal ato como pagamento, muito baixo por sinal. Defendem que quem se esforça acaba por passar, independente de raça ou renda salarial. Há ainda que se for para ter cotas, seria só para pessoas de baixa renda assim ampliaria o campo para negros, brancos, pardos, índios, etc.
   Outro grupo é a favor das cotas, para eles os alunos de escolas públicas não tem o mesmo nível de ensino que um de escola particular e nem a mesma oportunidade, portanto seria injusto concorrer da mesma forma. Eles também defendem que são poucos os alunos negros, índios, pardos e descendentes que conseguem ou estão nas faculdades e institutos, com isto não se tem uma igualdade racial. Defendem ainda uma democracia social e racial.
   De uma forma ou de outra a lei já entra em vigor para a maioria das faculdades e institutos ano que vem, cabe a você qual opinião tomar, decidir, analisar e/ou defender. E é claro, de forma alguma, se desrespeite os alunos que irão regressar os anos que sucederão, até porque eles vão usufruir o que é direito deles como você poderá fazer o mesmo. O jeito brasileiro de ter as coisas fáceis vai ser muito usado por pessoas que tem condições pagar uma faculdade e/ou ensino técnico, como fazem até o presente momento. Deduções a parte, agora é esperar pra ver.



Por: Isabela Sarmento